Medidores de ESR ainda o assobram? Fazer ou não, eis a questão! By: Marcio R. Date: 02 Março 2008, 19:21
Partindo do princípio de que ao aplicar uma determinada freqüência de determinada amplitude nos capacitores, é conseguida a leitura do acrescido resistor interno do componente e por meio de comparação com componentes novos e ruins, temos uma faixa quem o componente se encontra usável sem que cause problemas ao circuito em que trabalhe.
Adotemos para base de cálculos uma freqüência de 100Khz e amplitude de 210mV e R1 no diagrama representando um resistor, que nada mais é do que o capacitor em teste.
O valor de 210mV é exatamente para que no caso da parte do leitor digital, voltímetro a ser usado na escala de 199mV, fique em sobre escala, apresentando infinito quando nenhum componente na entrada do teste de ESR.
No entanto é bom observar que o circuito é praticamente constituído de três blocos; OSCILADOR., MISTURADOR E VOLTÍMETRO.
Mas observem apenas o centro do circuito, ao qual independente do bloco oscilador e voltímetro é ele que faz a diferença, pois vejam que sem resistência na entrada, praticamente todo sinal do oscilador é enviado para o voltímetro e uma vez colocado à resistência que no caso em paralelo com a entrada, teremos o produto da resistência sobre a corrente do oscilador, e obviamente entregando uma parcela de tensão ao voltímetro.
E essa tensão deverá ser lida como valor resistivo.
Vejam o quão é fácil pegar um simples multímetro digital e adaptá-lo, pois basta criar o oscilador e o misturador na entrada do voltímetro e teremos um medidor de ESR.
Um dos motivos, ao qual estou sendo um dos últimos a falar sobre o assunto, pois como citei muito antes, que era preciso estudar sobre o assunto e só depois falar algo sobre ele, pois ai teria a possibilidade de se fazer algo encima disso ou não.
Por favor, não tirem conclusões erradas sobre os valores e precisão apresentadas acima, apenas citei valores do circuito para que vocês vejam como funciona o circuito e terem uma base para caso queira a vir contruir o seu, note que o resistor de 180 Ohms é responavel pela aproximação do valor lido, assim ele deverá ser um trimpot, e ajusta-se ele com um valor minimo e maximo de entrada, tirando a média, teremos algo que faça a leitura do componente de entrada, tendo a variação apenas na casa decimal do valor do voltímetro.
O que encarece o pequeno projeto é exatamente criar o módulo voltímetro, e colocando os três blocos em uma placa só, e depois também temos os detalhes da caixa etc...
É um tipo de montagem que só se vale à pena ser for você mesmo quem faça, pois é muito investimento pensar em produzir em larga escala, outro ponto, e observem bem é a tolerância do circuito, pois a freqüência de operação tem que ficar exatamente de 100mV a 300mW, acima disso, outros componentes no circuito passaram a influenciar na leitura da ESR do capacitor em teste.
Se possível, quem poder criar ou ter já um gerador de função, ageitar o circuito misturador e acoplá-lo no osciloscópio e ver que;
-Sem componente na entrada, teremos a forma de onda do oscilador e amplitude iguais a da saída do oscilador.
-Ao conectar uma resistência é lida o valor da mesma, sendo a amplitude a indicadora do valor em questão.
-Conectando um capacitor eletrolítico com ESR tanto normal como elevada, teremos uma redução de amplitude e também a modificação da forma de onda, tendendo para triangular.
-Fechando curto teremos, zero de amplitude e apenas como era de se espera apenas uma linha.
Claro que existem circuito mais elaborados, com outros detalhes, porém o básico deles é o apresentado acima e vale mais a pena ser montado pelo próprio técnico do que comprar pronto, assim evita de pagar altos preços por um produto tão simples e que, as maiores autoridades no assunto não tem o interesse em levar a diante, pois;
-Capacitores cada vez mais baratos.
-Precisão não tão precisa
-Custo alto para se desenvolver um multiteste profissional.
Espero que tenham tirado algum proveito das palavras acima e não ter restado dúvida sobre como e feita a leitura de ESR, mesmo com um voltímetro comum ou com o osciloscópio, o mesmo vale para indutores, pois o princípio é o mesmo.
Aplica-se um sinal encima do componente e recolhemos uma tensão ou uma variação a qual nos mostrará por meio de comparações se o componente esta ou não prejudicando o circuito de aonde ele se encontra.
Assim que terminar por aqui mais testes, atualizo o tópico.
Márcio R.