" CORDEL DA UNIVERSITÁRIA QUE FOI EXPULSA NA UNIVERSIDADE BANDEIRANTES, UMA FALSA MODELO. I > Quando ela apareceu > Balançando o mucumbu > Na Faculdade Uniban, > Foi o maior sururu: > Teve reza e ladainha; > Não sabia que uma calcinha > Causava tanto rebu. > > II > Trajava um mini-vestido, > Arrochado e cor de rosa; > Perfumada de extrato, > Toda ancha e toda prosa, > Pensou que estava abafando > E ia ter rapaz gritando: > "Arrocha a tampa, gostosa!" > > III > Mas Geisy se enganou, > O paulista é acanhado: > Quando vê lance de perna, > Fica logo indignado. > Os motivos eu não sei, > Mas pra passeata gay > Vai todo mundo animado! > > IV > Ainda na escadaria, > Só se ouvia a estudantada > Dando urros, dando gritos, > Colérica e indignada > Como quem vai para a luta, > Chamando-a de prostituta > E de mulherzinha safada. > > V > Geisy ficou acuada, > Num canto, triste a chorar, > Procurou um agasalho > Para cobrir o lugar, > Quando um rapaz inocente > Disse: "oh troço mais indecente, > Acho que vou desmaiar!" > > VI > A Faculdade Uniban, > Que está em último lugar > Nas provas que o MEC faz, > Quis logo se destacar: > Decidiu no mesmo instante > Expulsar a estudante > Do seu quadro regular. > > VII > Totalmente escorraçada, > Sem ter mais onde estudar, > Geisy precisa de ajuda > Para a vida retomar, > Mas na novela das oito > É um tal de molhar biscoito > E ninguém pra reclamar. > > VIII > O fato repercutiu > De Paris até Omã. > Soube que Ahmadinejad > Festejou lá no Irã, > Foi uma festa de arromba > Com direito a carro-bomba > Da milícia Talibã. > > IX > O rico Osama Bin Laden, > Agradecendo a Alá, > Nas montanhas cazaquistãs > Onde foi se homiziar > Com uma cigana turca, > Mandou fazer uma burca > Para a brasileira usar. > > X > Fica pra Geisy a lição > Desse poeta matuto: > Proteja seu bom guardado > Da cólera dos impolutos, > Guarde bem o tacacá > E só resolva mostrar > A quem gosta do produto. > |