LIMITE DE CAPACIDADE DOS DISCOS RIGIDOS PARTE 1 By: edson tadeu Date: 15 Novembro 2008, 22:16
Limites de Capacidade dos Discos Rígidos
Autor: Gabriel Torres e Cássio Lima
Tipo: Tutoriais Última Atualização: 05 de novembro de 2007
Página: 1 de 6 Ir para... Introdução Limites de Hardware Limites da FAT Limites do NTFS Limites do Sistema Operacional Resumo de Todas as Limitações
Introdução
Você já deve ter ouvido falar ou até mesmo ter vivenciado o problema de comprar um novo disco rígido para instalar em um micro antigo (às vezes nem tão antigo assim) e se deparar com algum problema de limite de capacidade, isto é, seu micro antigo não reconhecer a capacidade total do seu novo disco rígido. Neste tutorial explicaremos porque isto acontece, bem como listaremos todos os limites de capacidade dos discos rígidos que existiram desde que o PC foi criado e mostraremos ainda como contornar este problema.
Um limite de capacidade pode ocorrer por diversos motivos, tais como uma limitação de hardware, uma limitação do sistema de arquivos ou uma limitação do sistema operacional que você está usando.
Primeiro, vamos entender como os dados são armazenados nos discos rígidos.
Os discos rígidos são dispositivos selados contendo internamente um ou mais discos magnéticos. Em cada lado do disco (também chamado cabeça) existe uma cabeça magnética responsável por ler e escrever os dados. Cada lado de um disco magnético é dividido em várias trilhas concêntricas ou cilindros. Cada trilha, por sua vez, é dividida em setores. Cada setor armazena 512 bytes de informação, que é a menor unidade que a placa controladora do disco rígido pode acessar. Isso significa que se a leitura de apenas um byte se faz necessária, a controladora deve ler o setor inteiro em que o byte está armazenado.
O número de bytes em cada setor é fixo: sempre 512 bytes. Mas o número de trilhas, setores por trilha e lados (isto é, cabeças) que um disco rígido tem dependerá do seu modelo. O número de cabeças, trilhas e setores por trilha de um disco rígido é chamado geometria.
Se você multiplicar o número de cabeças pelo o número de trilhas e então pelo o número de setores por trilha você encontrará a quantidade de setores de um determinado disco rígido (nos discos rígidos mais novos os fabricantes anunciam o número total de setores que o disco rígido tem em vez da sua geometria). Multiplicando este número por 512 temos a capacidade total do disco rígido, em bytes.
O primeiro problema com a capacidade do disco rígido é que os fabricantes assumem que kilobyte (KB), megabyte (MB), gigabyte (GB) e terabyte (TB) significam coisas diferentes do que elas realmente são, fazendo com que você tenha um disco rígido com uma capacidade real menor do que a anunciada. Este problema é conhecido por vários nomes, como "arredondamento", "capacidade formatada vs. capacidade não formatada", etc. Algumas pessoas inclusive assumem erroneamente que o sistema operacional é o grande vilão deste problema, mas a verdade é que os fabricantes dos discos rígidos são os verdadeiros culpados, já que eles anunciam seus produtos com uma capacidade maior do que a sua capacidade real.
Unidade
Símbolo
Base 2
Base 10
Kilo
K
2^10
10^3
Mega
M
2^20
10^6
Giga
G
2^30
10^9
Tera
T
2^40
10^12
Peta
P
2^50
10^15
Exa
E
2^60
10^18
Por exemplo, os fabricantes de discos rígidos assumem que 1 GB é igual a 1 bilhão (10^9) bytes, enquanto que na verdade 1 GB é igual a 1.073.741.824 (2^30) bytes.
Vamos dar um exemplo real do disco rígido Seagate/Maxtor DiamondMax 21 de "250 GB". Ele é anunciado como sendo um disco rígido de 250 GB, tendo 488.397.168 setores. Com este número de setores nós facilmente descobrimos que a capacidade deste disco rígido é de 250.059.350.016 bytes, ou 232,88 GB e não 250 GB. É por isso que o seu disco rígido de 250 GB é formatado apenas com 232 GB: ele É um disco rígido de 232 GB!