Coisas de Pobre

[vini]

http://www.4shared.com/file/110470860/7eccdcf5/Pobres.html

[B.V.]

Vini...

Voce passou aquí pertinho, em Urubici S. C. ( O cartaz...)...

E agora que voce já bateu a foto do meu celular c/ camera: Me devolva!  Faz favor..


Valeu, Vini....

B.V.

[B@ddo]

    Rapá, faltou incluir o "polvo à la pobre", he, he, he...

[B@ddo]

   Vinni, isso me lembrou uma coisa:
  Tive uma infância pobre e feliz, mas eu não sabia. Lembrei-me, entre outras coisas, que quando a borracha de apagar acabava, eu me virava com algum pedaço de sandália achada na rua. Também tinha o cuidado de escrever no caderno da escola "bem de leve", ou seja, de maneira que, quando o caderno acabasse, as páginas seriam apagadas e reaproveitado. Cheguei a usar o mesmo caderno várias vezes. O lápis, quando não era mais possível escrever de tão pequeno, inventei um jeito, aproveitando um bocal de caneta para que o lápis ficasse maior prolongando assim o seu uso. Às vezes, ao enviar uma carta prá algum parente ou amigo, usava mesmo o papel de pão e os envelopes eu mesmo confeccionava, acredite, por não ter condições de comprar; só pagava mesmo a postagem. Os brinquedos eram feitos à mão mesmo. Carrinhos feitos de lata de óleo ou totalmente de madeira, inclusive as rodas. Havia uma brincadeira de usar um pneu velho de carro que era empurrado pelas ruas da cidade...e lá ia eu todo feliz... Havia também os brinquedos feitos de barro, que eram colocados no sol prá secar. Quando chovia, aproveitava a água que corria pelas ruas, represava e fazia um pequeno dique com sangradouro improvisado e às vezes um moinho.
    A diversão predileta eram os banhos no rio, êitaaa... hoje o mesmo rio é um esgotão que dá dó... falecido, assassinado por nós mesmos.
    A rapaziada de hoje não sabe o que é ser feliz. Para eles, o que vale são os bens: videogames, tv's, motos, carros, shoppings, baladas... não dão nenhum valor às coisas simples e nem a amizades. Até meus amigos daquela época mudaram. A maioria foi para Sampa, e mudaram o comportamento, viraram pessoas frias, insensíveis, materialistas, distantes. Começaram a endeusar os objetos, a posse, o "eu tenho isso, ou aquilo". Ficaram desconfiados. E os tais direitos humanos, sei não. Hoje as coisas são mais fáceis de se conseguir e a molecada não quer saber, só na malandragem. Bom, assunto prá outro dia.
     Tomalá aquele abraço 
     

[vini]

B[arroba]ddo; Eu tambem passei por isto e mais, quando comecei estudar eletronica , eu e uma turma de amigos nos juntavamos e fazia- mos nossas experiencias de montagens dividindo as despesas e materiais , as montangens eram feitas numa oficina improvisada que cada um tinha em sua casa, e sempre conseguiamos alguma doação de algum dono de oficina,eram bons tempos que dá uma saudade danada, pois nós aprendiamos e nos divertiamos juntos e nossos pais ficavam traquilos pois sabiam o que os filhos estavam fazendo.